sexta-feira, 26 de outubro de 2012

O polícia apanha a vergonha e entrega-a ao Irmão Metralha


No passado Domingo, houve finalmente tempo para ver o documentário sobre a Goldman Sachs do canal Arte; além do calafrio que me causou, registo uma imagem que me marcou: um activista vestido de Irmão Metralha, à saída da audiência pelo Senado dos E.U.A de “Fabulous Fab”. Quando “Fabulous Fab” se prepara para sair da sala, o Irmão Metralha empunha um cartaz onde se lê “Shame” (i.e. vergonha); o cartaz cai no chão; o polícia, ao lado do Irmão Metralha, ajoelha-se para apanhar o cartaz onde se lê “Shame”, levanta-se e devolve “Shame” ao Irmão Metralha. De que lado terá ficado, então, esta vergonha?

“Fabulous Fab” é o “trader” francês da Goldman Sachs que alegadamente orquestrou a operação “Abacus”, que permitiu englobar num pacote empréstimos-habitação de alto risco de insolvabilidade convertidos em produtos financeiros com a classificação máxima de “AAA” que Goldman Sachs vendeu a clientes por um valor de €750 milhões enquanto, concomitantemente, especulava em baixa sobre esses mesmos títulos. Como resultado, o valor de tais títulos sucumbe e vários investidores – pessoas, de carne e osso, bancos de menor dimensão – perdem os seus investimentos e, alguns, os investimentos de uma vida; certamente, como nestes jogos de casino, quando alguém perde, há sempre alguém que ganha, e, aqui, quem ganha, é a Goldman Sachs.  Mas de quem é a Goldman Sachs? Talvez, como todas as grandes companhias hodiernas, de ninguém ou acoplado a uma mão invisível haverá também um rosto invisível?

 

Para saber mais sobre o assunto:


http://www.nytimes.com/2012/03/14/opinion/why-i-am-leaving-goldman-sachs.html?pagewanted=all&_r=0 (consultado a 21 de Outubro): artigo de GREG SMITH; “Why I Am Leaving Goldman Sachs”

http://www.nytimes.com/2012/10/20/business/why-i-left-book-about-goldman-falls-short.html?pagewanted=all (consultado a 21 de Outubro de 2012): NYT diz que o livro de Mr. Smith não apresenta factos que suportem o que ele alega. Terá a montanha parido um rato ou será impossível alguma montanha parir algo que desvele o que se passa na Goldman Sachs?

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O marinheiro dos Natais


Hoje, acordei cedo, na hora em que ainda não se sabe onde nos levará a luz do dia. Tinha que abrir a porta da cave ao “ramoneur”, o limpa-chaminés, que, como no conto de Andersen, v(er)ia estrelas verdadeiras a partir da chaminé e provavelmente traria um príncipe por dentro que estaria apaixonado por uma pastora. Não sei é se ele também faria pinturas na calçada como Bert, o amigo limpa-chaminés de Mary Poppins.
 
 

Portou-se como um verdadeiro profissional. Tinha um cabo vermelho vivo, enrolado como uma corda de marinheiro e um bigode preto como a roupa que vestia. Eu, como toda a gente, fingi que não sabia mas a única razão da sua vinda era preparar a chaminé para a chegada do Pai Natal.

Continuação de uma feliz preparação dos vossos Natais!

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Le Rom qui parlait des devises

Entendu à France 3 Soir, avec un accent:

« L’Europe et la France ont des devises très belles aux oreilles : « liberté, égalité et fraternité… mais elles n’ont pas d’application ».

C’était dit par un Rom dans un campement Rom mais je ne sais pas jusqu’à quand est-ce qu’il y restera ou jusqu’à quand est-ce qu’ils le laisseront y rester.