Hoje, conheci a Nini. Nini escrito ao contrário significa “in, in”, alguém
aberto aos outros porque ninguém pode viver isolado, todos vivemos “entre milagres”. Nini tem cabelo curto, olhos de Primavera e estuda desenho gráfico
industrial. Nini guiou-me, primeiro, à biblioteca da Academia de Artes de
Tbilisi, um bonito edifício Art Déco, ligado por corredores e escadas que
descem e sobem, a um outro edifício. Passámos por uma varanda de madeira – e que
bonitos trabalhos de madeira há, em Tbilisi… - que range quando passamos por
ela, bem como rangem os nossos olhos quando vemos a bonita árvore em flor que
se encontra no pátio da Academia. Havia uma demonstração de artesanato turco,
desde filigrana até à bonita pintura oriental. Quando procurava o edifício,
passei por um outro donde saia música como saiam flores dos seios da avó da
pequena Marjane Satrapi, em “Persépolis”, quando ela se despia. Será que nos
portaríamos melhor como humanidade se de todos os edifícios saísse música? De
que estamos então à espera? Aos bandolins, companheiros!
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