Os biscoitos estrela-corações da L. C., que me foram trazidos por um amigo,
vinham embrulhados numa folha de papel branco, como o forro da alma. Havia
corações desfeitos que se misturavam com o pozinho que as estrelas libertavam.
Houve um bocadinho de estrela que ninguém comeu, e que nos pareceu ser a sua
cauda. Guardei religiosamente essa cauda da estrela no interior da alma branca
de papel; guardei-a de tal maneira que me esqueci de trazê-lo nesta viagem;
agora, direi à minha mãe que a coma; assim, da próxima vez que procurar a cauda
da estrela saberei onde a procurar. Só não sei onde me leva…
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