segunda-feira, 7 de julho de 2014

As viagens que nos acontecem por dentro (as verdadeiras)

Hoje, acordei entre viagens. De repente, tive consciência de mim diante do espelho. Acordei com o cabelo levantado como quando se faz uma viagem de moto sem capacete, com o vento a bater e a indicar-nos o caminho. Não sei por onde terei estado durante a noite e que caminhos terei percorrido. Alguns caminhos são imperscrutáveis, de qualquer das maneiras.
Ainda não tirei o lastro do fundo das malas e já começo a preparar a próxima viagem. “The rolling stone gathers no moss” (i.e. pedra que rola não cria limo), ensinou-me há muito tempo o meu professor de estórias.

Ao lado da cama, esperando por mim, estava um artigo do “Le Monde” sobre os deslocados internos do leste da Ucrânia; vinham do leste, donde nasce – “orior”- o sol. Na foto que acompanha o artigo viam-se mulheres, bebés e crianças. Por onde e como estariam os homens? Muita sorte para todos e para a paz!