segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dessine-moi un migrant

15 de Agosto de 2015

(No ano em que se celebram os 60 anos da bandeira europeia, símbolo de uma "identidade europeia comum".)

A Laura, hoje, foi pela primeira vez à creche. Falámos com a educadora que será o nosso ponto de contacto. Falámos no canto onde os bebés ficam quando querem estar mais sossegados. Havia uma bóia-flor onde coloquei a Laura. A Laura estava perto da Alice, que, talvez estivesse também no País das Maravilhas. Ė verdade que a Laura gosta de espelhos; agora, depois de ver a Alice, penso se a Laura não gostará mais do que poderá estar por detrás do espelho.


Na bóia-flor da Laura, coloquei-lhe um livro. No livro, havia um cordeiro (“mouton”). Lembrei-me do pedido do Principezinho: “Dessine-moi un mouton”. “Hoy por hoy”, como se diria em Espanha, o pedido ter-se-ia transformado em “Dessine-moi un migrant”. Fiquei a pensar como representaria um migrante se a Laura mo pedisse. 

Saiu-me isto:

domingo, 11 de outubro de 2015

A baby can never be maybe or a migrant wrapped in plastic

Today I've seen the image of a migrant; better said, of what we call, nowadays, a migrant. This migrant was covered - and so was his baby (a baby can never be maybe) - by a plastic cover. There was a profusion of plastic in that image. 
They were covered by plastic and the man was holding a plastic bag. If there would be a nuclear war, neither the man nor the baby, nor current borders would survive. The plastic would.