sábado, 15 de dezembro de 2012

Livre, num céu em voo raso

Em Londres, no início da semana, um avião com gente por dentro rasgava o céu ao mesmo tempo que me aguçava a imaginação. Para onde iriam (o avião e a imaginação)?







 
O poeta Manoel de Barros diz que "passarinhos existem para dar movimento ao entardecer. Eu me recolho no abandono para ser livre". Foi nesse entardecer londrino, onde eu via passar pássaros com gente por dentro, que ia aprendendo a ser livre; no entanto, para que me descobrisse livre, tive que procurar o outro, o que seguia por dentro do passarinho mas que passava em voo raso aqui em baixo, onde a vida se (des)cose.

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