terça-feira, 20 de dezembro de 2011

O mar africano de Estrasburgo

Dia em que Cesária Évora levanta âncora

Sabia que em Estrasburgo havia canais, ilhas (ou penínsulas), comportas, barcos, um dos grandes rios europeus, o Reno, mas não sabia que havia mar. Descobri-o, há dias, ao percorrer o Outono nesta mesma cidade e ao ver esta árvore no Parc de l’Orangerie. Via a voluptuosidade do amarelo a penetrar o verde vivo da relva e a revelar um mar azul, bem azul como aquele que Cesária Évora nos bordou por dentro. Agora que sei que há mar em Estrasburgo, iço, ufano, a vela árabe do meu barco e rumo vento acima e vento abaixo até chegar ao porto prometido da humanidade, a ponte entre mim e o outro; assim, tenho a certeza que navegando, pontifico.





1 comentário:

  1. Pareceu-me que esta estória também tinha bastante de mar azul: http://ilpurgatorio.wordpress.com/2011/12/26/os-olhos-azuis-marejados-2/

    ResponderEliminar