quinta-feira, 21 de março de 2013

Edifícios de onde sai música


Hoje, conheci a Nini. Nini escrito ao contrário significa “in, in”, alguém aberto aos outros porque ninguém pode viver isolado, todos vivemos “entre milagres”. Nini tem cabelo curto, olhos de Primavera e estuda desenho gráfico industrial. Nini guiou-me, primeiro, à biblioteca da Academia de Artes de Tbilisi, um bonito edifício Art Déco, ligado por corredores e escadas que descem e sobem, a um outro edifício. Passámos por uma varanda de madeira – e que bonitos trabalhos de madeira há, em Tbilisi… - que range quando passamos por ela, bem como rangem os nossos olhos quando vemos a bonita árvore em flor que se encontra no pátio da Academia. Havia uma demonstração de artesanato turco, desde filigrana até à bonita pintura oriental. Quando procurava o edifício, passei por um outro donde saia música como saiam flores dos seios da avó da pequena Marjane Satrapi, em “Persépolis”, quando ela se despia. Será que nos portaríamos melhor como humanidade se de todos os edifícios saísse música? De que estamos então à espera? Aos bandolins, companheiros!

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