sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O concerto silencioso (da vida) no comboio para Basileia

Ontem, na cadeira do outro lado do corredor do comboio para Basileia, havia um senhor cujas mãos esvoaçavam, em frente a uma partitura. Pareceu-me um músico - será um maestro? –que devia tocar - ou dirigir – (n)a Orquestra de Basileia. Que bonito era aquele concerto silencioso. Os gestos pareciam-me, às vezes, de violino e, às vezes, de violoncelo; eram gestos loquazes, delicados mas precisos; gestos que demonstram carácter, certamente. No silêncio do comboio, retirei os auscultadores do meu leitor de música para poder escutar este concerto in-audível. Eu saí em Offenburg, a "cidade aberta" para o meu concerto silencioso da vida.

1 comentário:

  1. Graças a ti, vou acordar o bandolim e ver o que ele tem para me dizer (ou melhor, o que temos para nos dizer um ao outro).

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