sábado, 8 de outubro de 2011

S(er)ão rosas, senhor, s(er)ão rosas?

Hoje, levantei-me muito cedo, sem despertador. Como não sabia muito bem o que fazer, fui fazer o que se faz em França quando não se sabe o que fazer: fui comprar pão, uma “banette”.

As banettes (e as baguettes) levam-se como se levam flores, de pé, à altura quase da vista. Penso que não será por acaso que a Rainha Santa Isabel tenha dito “São rosas, senhor, são rosas” quando, na verdade, carregava o pão (que deveria ser) nosso (de cada dia).

Passei pelo mercado da Boulevard de Marne, onde se vende desde a menta fresca – com sotaque do Maghreb – até à galinha de criação caseira da Alsácia. “São rosas, senhor, são rosas”.

Contudo, não vos disse toda a verdade e nem toda a gente, em França, quando não sabe o que fazer vai comprar pão. Quero, contudo, acreditar que em tempos de crise social, política, económica e financeira as Rainhas Santa Isabéis serão como as bruxas na Galiza. Serão rosas, senhor, serão rosas?

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